quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

LUA MINHA


Lua minha que habita as noites mal dormidas.

Vela meu sono

quando tudo o mais parece estar acabado,

sem sentido real.


A ti que ilumina os caminhos

de todos que te veneram e admiram.

Faz de mim um lobo uivante,

que suplica pela chance de alcançá-la.


Trocas o dia pela noite,

às vezes se esconde,

mas volta a tornar-se bela

e sorridente.


Lua que me faz vivo,

lua que materializa meus sonhos.

Traz consigo a noite às costas,

feridas cheias de lamentos.


Só a ti mostro meus

olhos em prantos,

a boca em silêncio,

segurando o grito de dor.


Mostre ao guerreiro

que seu escudo é a proteção

Sua luz, a mais bela das dádivas divinas

Suas curvas, o aconchego do lutador.


Dê direção a este

pobre andarilho.

Venha a mim como

uma deusa.


Não permita que

o passado vença o presente.

Traga-me a voz, o sorriso,

o beijo.


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2 comentários:

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