Você passa a infância ouvindo que
seu cabelo é feio,
Não vê ninguém parecido nos lugares
de destaque,
Quando vê, é bandido,
Ou jogador de futebol, mas você não
joga bola,
Ou pagodeiro, mas não sabe sambar.
Não é escolhido rei do baile da escola.
Ganha prêmio de simpatia. Sabe que
é consolação. Você se esforçou para ser engraçado e simpático para ter espaço e
chamar atenção.
Você briga com o próprio cabelo.
Alisa, corta curto.
Você ressalta seus traços mais
“finos” para se aproximar da paquita (sempre) loira, do herói do filme, do
apresentador de tv, do presidente, galã de comercial de margarina, de todas as
referências que te apresentaram como boas.
Depois disso tudo, cresce e diz a
todos que tem orgulho de ser quem é.
A chave vira, pois algo dentro de
você não encaixa.
Se aceitar é mais do que um ato de
coragem, é uma postura política.
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